jeudi 27 octobre 2011

Saudade



"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."

Clarice Lispector

mardi 25 octobre 2011

Quero...

Quero
o teu olhar provocador
o calor da tua boca
o teu corpo cheio de fome...

Quero
as tuas mãos atrevidas
os teus beijos enlouquecedores
o teu corpo quente...

Quero
sentir-te contra mim
tão perto, mais perto
entrelaçar os nossos corpos...

Quero
uma noite infinita



Sara P.

Human hurry

"she was bewildered by the accelerated rate at which things occured around her. Computers, cars, telephones - all to speed up life. Why did people need to hurry all the time? Where were they going so quickly except to the end of their lives, a destination that was common to all living things?"

Anita Rau Badami, The Hero's Walk

samedi 22 octobre 2011

Viver nele

Apoderou-se de mim, preencheu todos os vazios do meu ser...
Deixei-me levar pelas suas mãos carinhosas,
sem dar conta, tudo lhe entreguei...

Não foram precisas estratégias,
Um olhar foi suficiente.
Não lhe consegui resistir.

Entreguei-me pouco a pouco,
Envolvida na doçura dos seus beijos,
E agora sou sua por completo...

Dei-lhe tudo,
hoje vivo nele...

Se ele se vai,
Leva com ele o essencial do meu ser...

Conscientemente,
fecho os olhos e arrisco.

Porque pertencer-lhe é a melhor coisa que me aconteceu.



Sara P.




samedi 8 octobre 2011

"Calma rapaz agora é a minha vez..."

Estamos deitados na cama, corações acelerados e corpos suados, entre mordidelas no lábio e gemidos contidos... Beijas o meu peito nu, demorando nos mamilos, chupando, deixando-me louca, e aumentas a tortura enquanto fazes deslizar os teus lábios até ao umbigo...
Sim... Continua...
Os teus beijos são tão profundos, tão ávidos, só quero que nunca pares...
De repente, ouve-se um gemido, e percebo que sou eu, ao mesmo tempo que sinto os teus dedos atrevidos por baixo das minhas cuecas... Brincas comigo e com esse olhar malicioso vez-me arquejar e ficas mais excitado ainda...
"Calma rapaz agora é a minha vez..."
Querendo uma espécie de vingança, puxo-te para o lado e sento-me nas tuas ancas enquanto observas os meus seios balouçarem numa dança lenta que te enlouquece...
Impeço-te de os beijar... Adoro brincar contigo e sentir-te cada vez mais esfomeado...
Inclino-me até chegar ao teu ouvido, fazendo os meus seios roçar no teu peito... "Gostas disto?" sussurro numa voz maliciosa, e mordo a tua orelha sentindo-te apertar-me com mais força contra o teu corpo, e ouço-te responder numa voz rouca de desejo: "Não pares..."
Deslizo até ao teu peito, chupo os teus mamilos, mordiscando, lambendo, e acaricio a tua barriga, fazendo-te arrepiar... Finalmente chego às calças...
Olho-te nos olhos, e percebo que também achas que estam a mais...
Desaperto o cinto... O botão... Num instante, ficas livre delas.
Sentas-te e puxas-me para o teu colo. Sentada assim, sinto-te entre as minhas pernas...
Beijas-me ardentemente, apertas o meu rabo nas tuas mãos e ofegante, digo-te: "Quero-te em mim..."


Sara P.

jeudi 6 octobre 2011

Solidão

Submergida pelas saudades
prisioneira destes dias de solidão
corpo arrefecido
coração perdido
falta o calor do teu sorriso
a doçura das tuas carícias

estas palavras
são suspiros da minha alma
que chora pelo teu regresso

tua ausência é
sofrimento físico
o cinzento dos dias de Outono
lágrima que brota do meu coração
uma ferida que magoa todos os dias
uma vida sem vida



Sara P.