dimanche 22 avril 2012

Quero o teu bem, quero que seja feliz... Talvez seja melhor acabar com este blog, esconder-te os meus pensamentos, os meus maus momentos...
Nem tudo é bom de se saber... Talvez ajude se não falar tanto...

vendredi 20 avril 2012

Foste eterno

É tarde demais. Tarde para voltar atrás, tarde para negar.
Meu coração está condenado,
Marcaste-o profundamente, sem o saber talvez, eternamente.

Há cinco anos que ele anda contigo,
Caminhou nesta estrada, acompanhado pelo teu,
ou amando-te em silêncio...
Nunca deixou de te acompanhar, de perto ou de longe...

Reflectindo há quase dois mêses sobre esta nova separação,
segue agora um caminho diferente do teu,
Mas a cada nova pulsação, vira-se e observa aquela outra estrada que tu escolheste...
Avança contra a vontade, sofrendo a cada passo que dá,
Recusando-se a deixar-te partir...

Imagina-te infeliz, e deseja com fervor estar enganado...
Mas as palavras, os olhares, os beijos, as carícias,
Não desvanecem...
Olha para trás, antes de a estrada se separar,
E vendo tudo o que viveu contigo pensa:
Esta é a minha metade.

Quem sabe, talvez um dia as estradas se voltem a encontrar...
Lá no fundo do vazio que deixaste, uma pequena e trémula esperança resiste.

Mas se isso nunca acontecer, se caminharmos sempre separados,
Por mais quilómetros que façamos,
As recordações persistirão,
Lembrando a perfeição da nossa união.





mercredi 18 avril 2012

Our kiss...



"Then he kissed her. At his lips' touch she blossomed for him like a flower and the incarnation was complete."



F. Scott Fitzgerald

lundi 9 avril 2012

Será...?

Não eramos supostos estar separados?
Já lá vai mais de um mês!
Mas acho que algo em mim não percebeu...
Será o coração? Ou a mente? Ou talvez o corpo?

Será o coração que, por se ter entregado,
Já não sabe existir sem ti?
Será a mente que não consegue desfazer-se dos seus hábitos?
Lembrar os nossos momentos, imaginar-te, sonhar contigo...
Será o corpo que, por tanto te desejar,
Só sabe continuar a desejar os teus beijos e o teu corpo?



vendredi 6 avril 2012

O medo do Amor...

Medo de amar?

Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos.
Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba.
Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável.

Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto.

Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático.
Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.
E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade.
Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.
Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia.
Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim.

Um novo amor?
Nem pensar.
Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.



Martha Medeiros