dimanche 10 octobre 2010

L'adieu - Garou



Adeus
às árvores molhadas de Setembro
ao sol das suas lembranças
àquelas palavras doces, àquelas palavras de ternura
que eu te ouvi dizer-me,
A favor de um caminho vazio
Ou de uma vela acesa,
Adeus ao que foi nosso
à paixão do verbo amar

O adeus
é uma infinita diligência
onde os cavalos tiveram que sofrer
Onde o reflexo da tua ausência
Marcou a sombra do prazer

O adeus é uma carta escrita por ti
que eu guardarei no meu coraçao
Uma ilusão de nós os dois
Uma sensação de viver noutro lugar

O adeus
é verdade frente a Deus
Tudo o resto é carta por escrever
Aos que se disseram adeus
Quando se deviam deter
Não podes mais baixar os olhos
Frente ao vermelho das chaminés
Nós conhecemos outros fogos
que tão bem nos consumiram

O adeus
São os nossos dois corpos que se separam
Sobre o rio do tempo que passa,
Eu não sei para quem tu partes
E tu não sabes quem me beija
Não teremos mais ciúmes
Nem palavras que fazem sofrer,
Tão forte quanto nos tinhamos escolhido
é forte o momento da despedida
Oh o adeus!

O adeus
é o choro longo dos relógios
E dos trompetes de Waterloo,
Dizer a todos os que se interrogam
Que o amor se foi,
De um barco bebâdo de tristeza
Que nos roeu tu e eu
Os passageiros estam aflitos
E eu conheço dois que se afogam

Adeus
às árvores molhadas de Setembro
ao sol das suas lembranças
àquelas palavras doces, àquelas palavras de ternura
que eu te ouvi dizer-me,
A favor d'um caminho vazio
Ou de uma vela acesa,
Adeus ao que foi nosso
à paixão do verbo amar

O adeus
é o lobo branco na sua montanha
E os caçadores no vale,
O sol que nos acompanha
é uma lua estúpida de chorar,
O adeus é igual a essas marés
Que virão para nos engolir,
O passado e o futuro
Oh adeus !

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