mercredi 12 septembre 2012

Como é que se esquece alguém que se ama?

"Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar. Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixaradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas!  É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se de que se está doente. é preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou de coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada.  É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si, isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução. Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar."



Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

samedi 11 août 2012

Há cinco anos...


Tudo começou há cinco anos.



Cinco anos de altos e baixos. 
Momentos maravilhosos, momentos "do Olimpo" ...
E dias complicados, muito sofrimento e saudade.

Há cinco anos, não tínhamos a mínima ideia de onde aquela conversa no meu quarto nos iria levar. Naquele dia, abrimos a porta e demos os primeiros passos que iriam formar esta nossa história. Remorsos? Nenhuns, a não ser talvez, não te ter dado mais nas horas que partilhámos. 
Hoje, restam as lembranças desses momentos fantásticos e inesquecíveis. 

Ao escrever estas linhas para marcar o dia, não me sinto triste como podia imaginar. Sinto uma felicidade sincera por ter vivido aqueles momentos contigo e fico surpreendida de ver tudo o que aconteceu desde aquela noite. Amei cada momento a teu lado.

Lembrei-me agora de uma frase: 

"A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego."

Agora resta-nos seguir em frente, e procurar momentos que nos façam perder o fôlego.

jeudi 26 juillet 2012

Não quero que volte

Não suporto mais o amor. A raiva invade-me quando  passa uma cena romântica em que os dois atores parecem profundamente apaixonados, ou quando ouço música ou pessoas cujas palavras transpiram amor e paixão. E parece impossível de evitar, está por todo lado.
Porquê que não suporto? Porque se aproxima a hora do reencontro... 
Ao rejeitar e detestar qualquer forma de amor que veja, imagino que vou impedi-lo de ressurgir em mim... Sei que não faz sentido, mas...

Não te quero voltar a ver, mas sei que se não te vir ficarei ainda pior. 
Esta distância era o nosso único obstáculo, e tenho medo que, ao desparecer, volte tudo ao de cima... Não quero voltar a ver que és tudo o que procuro, não quero ter de admitir que contigo a meu lado sinto-me melhor que nunca, não quero ter de lutar para impedir o meu coração de ir para quem ele quer... 
E mesmo assim, há em mim uma certa vontade por ver esse dia chegar...
Porque adoro estar contigo, porque adoro o que és. 


Acho que no fundo, somos mas é masoquistas. Sabemos que vamos sofrer se formos para ali, e no entanto há algo em nós que nos empurra com toda a força para là...

Nova solidão

Conhecia a solidão de quando estava muito longe e por muito tempo da pessoa amada, mas hoje é outra espécie que eu provo.
Não é a solidão que se sente quando a relação acaba e sentimos um vazio enorme, não, essa já passou. Esta magoa menos, mas não é isso que a torna mais fácil de suportar.
Solidão por querer alguém que fosse o que o outro foi mas não o encontrar.
Quero o amor, quero as carícias.
Quero os instantes de uma relação segura, não a incerteza da relação que começa.
Quero a certeza de estar com a pessoa perfeita, não a dúvida de que a relação acabe passado duas semanas...

jeudi 21 juin 2012

mardi 19 juin 2012

Motivação, onde andas tu?

Não sou forte.
Porque é que neste momento, todos pensam que sou forte e que consigo menos eu?
Não vou dizer que sou fraca, seria mentira. Mas acontece que a  certeza que eu tinha, hoje é dúvida.
Penso que no fundo, o que me impede conseguir agora é a falta de motivação.
Nada nem ninguém me traz motivação para conseguir esses exames. Não há nada que ilumine o meu dia. Não há momento mais alto no dia. Apenas altos e baixos da rotina. Nada de especial, nenhuma surpresa.
Chego ao ponto de não me importar. Eu sei que é importante conseguir, e não quero reprovar. Mas essa consciência de ter de conseguir, não supera a falta de motivação.
Preciso daqueles sopros de vida, de alegria, que só o amor faz sentir. Preciso do sentimento de segurança e confiança que o simples facto de sermos dois proporciona. Preciso de alguém que me faça acreditar em mim, que esteja comigo, que me abrace. Alguém que, com a sua simples presença, fizesse tudo parecer mais simples.
Eu sei que não é utopia. Já o tive.

vendredi 8 juin 2012

Infelicidade

                                                             Pessoa certa, lugar errado.


Quatro palavras, fonte da minha dor.
Razão pela qual não há um único dia que passe, sem eu me lembrar de ti.

jeudi 31 mai 2012

Desejo abafado

Amo-te
e queria poder dize-lo
a ti sobretudo
e a todos os que quisessem ouvir

lundi 14 mai 2012

Inesquecível...

Lembro-me perfeitamente...8 de Agosto de 2009
Era uma noite de Verão, noites em que se acumulam as festas; dança, bandas, cerveja e pessoal. Naquela noite, toda a gente se dirigiu para a aldeia mais próxima, procurando diversão.
Mas tu e eu, saímos da multidão, andamos em sentido contrário a todos aqueles carros. Fugimos para o nosso mundo, que nos dias seguintes frequentariamos com inhabitual frequência...

Enquanto conduzias, tudo parecia normal. Não era a primeira vez que andávamos os dois no carro. Mas assim que paraste frente à casa...
O mato à volta, o silêncio, a noite escura, a consciência da loucura que estávamos a cometer, paralizaram-nos por alguns instantes.
Ali sentados no carro, frente ao portão, as chaves na mão, pensávamos... Se alguém nos encontra ali, o que diremos? Que explicações poderiam fazer sentido? Que desculpas inventar?
De repente, foi como um grande pontapé que mandámos às preocupações, ao temor dos pais, e saímos do carro.
Entrámos naquela casa escura, e, subindo as escadas, dirigimo-nos até ao quarto. Estivemos um momento a conversar sobre a cama, até que tivemos um mini ataque ao ver as horas... Iamos quase ao meio das escadas quando me lembrei que tinha esquecido o meu telemóvel no quarto, subi novamente e tu esperastes ali. Quando voltei, parei no degrau acima daquele em que estavas....

Subitamente, senti as tuas mãos à minha volta encostarem-me a ti. Puxaste-me para o teu colo e coloquei as minhas pernas à volta da tua cintura. Aconteceu tão rapidamente que só me lembro de o meu coração acelerar quando senti as tuas mãos apertarem o meu rabo enquanto desciamos os degraus...
Ao chegar ao fundo das escadas, o meu cérebro estava completamente perdido. Inocentemente, imaginava que me irias pousar ali. Só percebi que não era a tua intenção quando vi que estava sentada no móvel de entrada...

Desviando a minha perna, encostaste-te a mim. Sentindo-te tão perto de mim, senti uma onde de calor invadir o meu corpo...
O meu coração estava tolo, completamente descontrolado, e o meu cérebro perdido...
Tocaste levemente na minha cara com os teus dedos, senti os teus lábios pousarem beijos delicados na minha pele, um, dois, três, aproximando-se da minha boca... Quando finalmente, senti os teus lábios doces tocarem os meus... Primeiro timidamente, descobrindo... A seguir beijos cada vez mais intensos...
Perdi-me completamente, saboreando os teus lábios, o calor da tua boca...

Não sei dizer quanto tempo ali ficámos, nem como conseguimos parar!
Só sei que fechei a porta à chave, um sorriso de orelha a orelha na face, e que até chegarmos ao portão, riamo-nos como dois tolinhos...
Abri o portão e de repente, calámo-nos... Não, não havia ninguém, apenas um cão selvagem. Apanhaste uma pedra que mandaste para o assustar... Enquanto ele fugia, nós corriamos para o carro. Uma vez sentados, olhamos um para o outro e sorrimos. Mas não durou muito, a atração era mais forte, e perdemo-nos novamente em beijos. Instantaneamente, o coração retomou o seu ritmo louco e pousei as minhas mãos no teu pescoço para te encostar mais a mim...

Mais uma vez, os nossos lábios separaram-se e puseste o carro a trabalhar... Não sei como conseguiste conduzir, eu teria sido incapaz! O cerébro estava completamente perdido e só me dava para sorrir e olhar para ti...


Estávamos quase a chegar à festa, já conseguiamos ouvir a música, mas não queriamos deixar o nosso mundo. Não queriamos ver aquela gente toda, queriamos apenas um ao outro... Numa última tentativa de prolongar o nosso momento, paráste na curva mesmo antes da aldeia. Trocámos uns últimos beijos... Lembro-me que te perguntei se também eram os teus primeiros... A rir, perguntaste se os do infantário contavam. E felizes como nunca, beijámo-nos mais uma vez... O últimos antes de voltar à terra, e deixar o nosso mundo por algumas horas... Porque no dia seguinte, usando mais desculpas, arranjámos maneira de voltar... Corremos para lá, o coração leve e saboreando uma alegria rara, rara e inesquecível...





(pensava não publicar este post, e depois pensei porque não? já que o tinha escrito... e a beleza da recordação vale a pena)

dimanche 22 avril 2012

Quero o teu bem, quero que seja feliz... Talvez seja melhor acabar com este blog, esconder-te os meus pensamentos, os meus maus momentos...
Nem tudo é bom de se saber... Talvez ajude se não falar tanto...

vendredi 20 avril 2012

Foste eterno

É tarde demais. Tarde para voltar atrás, tarde para negar.
Meu coração está condenado,
Marcaste-o profundamente, sem o saber talvez, eternamente.

Há cinco anos que ele anda contigo,
Caminhou nesta estrada, acompanhado pelo teu,
ou amando-te em silêncio...
Nunca deixou de te acompanhar, de perto ou de longe...

Reflectindo há quase dois mêses sobre esta nova separação,
segue agora um caminho diferente do teu,
Mas a cada nova pulsação, vira-se e observa aquela outra estrada que tu escolheste...
Avança contra a vontade, sofrendo a cada passo que dá,
Recusando-se a deixar-te partir...

Imagina-te infeliz, e deseja com fervor estar enganado...
Mas as palavras, os olhares, os beijos, as carícias,
Não desvanecem...
Olha para trás, antes de a estrada se separar,
E vendo tudo o que viveu contigo pensa:
Esta é a minha metade.

Quem sabe, talvez um dia as estradas se voltem a encontrar...
Lá no fundo do vazio que deixaste, uma pequena e trémula esperança resiste.

Mas se isso nunca acontecer, se caminharmos sempre separados,
Por mais quilómetros que façamos,
As recordações persistirão,
Lembrando a perfeição da nossa união.





mercredi 18 avril 2012

Our kiss...



"Then he kissed her. At his lips' touch she blossomed for him like a flower and the incarnation was complete."



F. Scott Fitzgerald

lundi 9 avril 2012

Será...?

Não eramos supostos estar separados?
Já lá vai mais de um mês!
Mas acho que algo em mim não percebeu...
Será o coração? Ou a mente? Ou talvez o corpo?

Será o coração que, por se ter entregado,
Já não sabe existir sem ti?
Será a mente que não consegue desfazer-se dos seus hábitos?
Lembrar os nossos momentos, imaginar-te, sonhar contigo...
Será o corpo que, por tanto te desejar,
Só sabe continuar a desejar os teus beijos e o teu corpo?



vendredi 6 avril 2012

O medo do Amor...

Medo de amar?

Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos.
Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba.
Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável.

Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto.

Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático.
Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.
E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade.
Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.
Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia.
Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim.

Um novo amor?
Nem pensar.
Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.



Martha Medeiros

dimanche 25 mars 2012

Dar-se...

"Queridas mulheres, vocês podem viver com milhares de animais e não ficarem frustradas, mas, se viverem com um ser humano, por melhor que seja a relação, haverá decepções. Dêem-se, mas não esperem muito retorno dos outros. Esta é uma das mais excelentes ferramentas para proteger as vossas emoções."

Augusto Cury, A Saga de Um Pensador - O Futuro da Humanidade


Mesmo sem esperar muito retorno, dar-se é tornar-se vulnerável...
Experiências levaram-me a constatar esta verdade por mim própria.
Ao princípio da relação, estava eufórica e demonstrava-lhe o meu amor a cada instante. Nos primeiros tempos, foi correspondido. Mas aos poucos, a correspondência enfraqueceu. Fiquei magoada por não encontrar resposta ao meu amor, mas refleti e percebi que devia ser paciente. Por ele não demonstrar tanto como eu não significava que não me amava. Percebi que ele me amava à sua maneira, aceitei e continuei a amá-lo como no primeiro dia. Houve altos e baixos, até que voltei a encontrar-me nessa situação.
Desta vez, ele disse-me que estava convencido que o melhor era separar-nos. Assim aconteceu. Passei dias muito dificéis, mas levantei-me pouco a pouco.
Mêses mais tarde, estivemos confrontados um ao outro. Por eu estar à sua frente, sentiu a chama reacender e amou-me com tal intensidade! Como se o amor nunca o tivesse abandonado. Mas havia algo em mim que me detia. Amava-o, mas tinha medo e receio de me entregar novamente a ele. Mas não consegui resistir, o amor ardia dentro de mim. Deixei o meu medo para trás e acolhi o nosso amor de braços abertos.

Hoje estou sózinha.
Ao partir, levou tudo o que lhe tinha dado.
O que é que me resta? O meu amor por ele.
O qual devo abafar.
É triste não é?



jeudi 22 mars 2012

"...quando o calor humano desaparece..."

Delicadeza: esta é a palavra que expressa um sentimento cada vez mais difícil de se encontrar.

Todos nós já passamos muitos dias, ou semanas inteiras, sem receber nenhum gesto de carinho do próximo – são períodos difíceis, quando o calor humano desaparece, e a vida se resume a um árduo esforço de sobrevivência.

Nos momentos em que o fogo alheio não aquece nossa alma, devemos examinar nossa própria lareira.

Devemos colocar mais lenha, e tentar iluminar a sala escura em que nossa vida se transformou.

Se somos capazes de amar, também seremos capazes de receber amor: é apenas questão de tempo.

E para isso, mais que nunca, é preciso lembrar-se da palavra esquecida – delicadeza.



Paulo Coelho

dimanche 11 mars 2012

Separação

Já lá vam oito dias...
Nos primeiros minutos, enquanto a decisão era tomada, custou. E doeu. Muito.
No dia seguinte, a minha mente, meu coração e tudo à minha volta tinha cor de cinza.
Enquanto as horas passavam, eu pensava.

Pensar levou-me a esclarecer essa decisão. E compreendi.
Compreendi as tuas razões, compreendi os teus argumentos...
Senti-me acalmar...
Sim, tens razão, assim não somos felizes,
é difícil demais com a distância temporal e a distância geográfica contra nós...

Nos seguintes dias, estava triste mas sentia como um sentimento de liberdade.
Estranho não é? Nunce me senti presa e no entanto, senti-me livre de um certo peso.
E depois entendi que era o peso dos momentos baixos que tinham preenchido os últimos anos.
Trouxeram um certo cansaço e foi disso que me senti livre.

Esse sentimento de liberdade, pensar que tinha um novo livro cheio de páginas brancas para escrever,
Não durou muito. Alguns dias apenas, mais não.
Porquê?
Porque vi que os meus dias eram vazios, chatos, desinteressantes...
Faltava-lhes aquele algo mais que trazias, aquele batimento forte e seguro de coração que o simples pensar em ti provocava, aquela esperança louca...
Porque sempre que penso no futuro, em páginas para escrever com outra pessoa como todos dizem à minha volta, chego sempre à ideia final e triste: "Mas eu não quero ninguém a não ser ele..."

E o sentimento de liberdade tornou-se imensa saudade...
A cada dia que passa, o meu coração insiste e incita-me a dizer estas duas palavras que não largam os meus lábios: Amo-te.

vendredi 9 mars 2012

"Lonely, I am so lonely"


Saber que mesmo longe estavas comigo,
Trazia-me tanto...
Sentia-me confiante, forte.
Mesmo que houvesse momentos difíceis,
Passava por eles a pensar no nosso reencontro...

Já não posso contar contigo...
Falta-me algo que compense o vazio que deixaste...
Em que é que vou encontrar esse algo?
Livros? Música?
Ridículo... Não compensa.
Uma nova paixão? Por quê?
Alguém?
Não me apetece ninguém...
Quero-te a ti...

vendredi 2 mars 2012

Há distância e distância...

A distância pode ser apenas um conceito geográfico de espaço, uma separação física. Ela é apenas isso enquanto não separa os corações, enquanto não limita os sentimentos...
A distância pode ser afastada por um gesto, por uma intenção, se quisermos.
Há distância física e distância sentimental...
Podemos estar distantes fisicamente, e nem dar por essa distância pois estamos mais unidos que nunca.
Pior é quando a distância dos sentimentos se acrescenta à distância física...
Aí é que a solidão se faz mesmo sentir...

vendredi 24 février 2012

Lembrança...

Quanto mais penso, mais enlouqueço...
De nada me esqueço...
Imagens quentes,
Sensuais e ardentes...

Meu corpo lembra e deseja,
A tua boca húmida minha pele beija...

Beijos tímidos,
Depressa ofegantes,
Gemidos e corpos quentes...

















Sara P.

dimanche 19 février 2012